22 de janeiro de 2010

MiG 21 bis 1/48 Academy Parte 5



PINTURA


Antes de começar a etapa da pintura, os últimos detalhes de sub-montagens devem ser concluídos. A começar pelo canopy, eu adicionei à peça a estrutura interna  do canopy em plasticard e o tubo de ar-condicionado com um pedaço de solda fina.  Esta sugestão dá uma melhorada no aspecto geral, já que a peça será pintada por dentro, uma vez que será colada na posição aberta. Também adicionei o sensor de ângulo de ataque que fica na parte dianteira esquerda da fuselagem, próximo a entrada de ar prinipal e os descarregadores de estática nas pontas das asas, profundores e deriva.
Outro detalhe é o reposicionamento do tubo de pitot, pois a posição sugerida não coincide com a real posição na aeronave real. Substituí o tubo de pitot por um em latão na nesma medida, para ser instalado após a pintura, isso facilita o manuseio, e torna a peça menos vulnerável a danos.




Nesta imagem vemos o canopy com as estruturas internas, o tubo de ar-condicionado e a fita para mascarar a pintura.


O novo tubo de pitot feito de tubo de latão, por dentro dele, passei um arame de alumínio para servir de pivot, ao lado pode-se ver a ponta da peça do pitot cortado do tubo original, e onde estão localizados os sensores de arfagem e guinada da aeronave.

 

Aqui o novo tubo pronto para ser instalado.


Como mencionei antes, a base do tubo de pitot foi reposicionada mais adiante e mais acima da posição sugerida pelo fabricante.


O novo tubo instalado provisoriamente na base. É necessário que a base possua uma pequena calha para acomodar o novo tubo.


Aqui o pequenino sensor de ângulo de ataque instalado provisoriamente. Para instalá-lo, é necessário um pequeno corte feito com uma lâmina bem afiada e bem fina no pequeno pino da peça.

Agora que tudo está preparado, a próxima atapa é a pintura. Toda a área do cockpit foi isolada com fita adesiva e maskol, para assegurar que nenhuma tinta entre por nehuma fresta.


Antes de iniciar a pintura, todo o modelo foi limpo com um algodão embebido em uma solução de água, álcool e detergente de cozinha, para que todas as marcas de manuseio sejam eliminadas.
Iniciei com uma camada de pré-shade em toda a superfície do kit com preto para realçar as linhas de todos os painéis. Isso provoca um efeito de envelhecimento à pintura, tornando-a menos monótona aos olhos, pois evita aquele aspecto chapado da pintura.




O aspecto geral é assustador, mas depois, o resultado vale à pena. O próximo passo é pintar a suprfície inferior do modelo, para tal eu usei "Russian underside blue" da Model Master. Nesta etapa é preciso ter bastante paciência, pois cada painel é pintado individualmente, depois, aos poucos, é que se vai igualando a superfície de forma mais uniforme.


Nesta imagem, a primeira etapa da pintura, observe que as linhas dos painéis ainda estão bastante aparentes, dando um aspecto bastante interessante.

 
Aqui, a mesma superfície após algumas camadas de tinta. Repare que o aspecto melhora muito, dando ao efeito uma aparência menos exagerada. Alguns painéis receberam uma camada com a mesma cor com um acrécimo de branco; isso faz com que esses painéis pareçam mais desgastados em relação aos outros.


A superfície superior recebeu o mesmo tratamento, sendo pintadada com "Middle Stone" nº 187 da Humbrol. Repare o efeito na pintura produzido pelo pré-shade nos diversos painéis.

Para a camuflagem eu queria que os contornos fossem suaves, mas não totalmente, pois as cores poderiam facilmente se misturar utilizando a técnica free hand. Eu sempre lia artigos na internet sobre pintura, e os caras utilizam o "BLU-TAC" que é uma massinha que é bastante flexível que possibilita o contorno desejado nos esquemas de camuflagens. Como quem não tem cão caça com gato, decidi experimentar uma idéia nova que me passou pela cabeça para substituir o "BLU-TAC" Utilizei massinha de "biscuit", funciona bem, mas endurece rápido, não é tão flexível, não pode ser reaproveitada, mas custa muito barato em lojas de artezanato; era um alternativa. Mais tarde porém, depois do projeto terminado é que eu achei um artigo em que o autor utilizou algo ainda melhor, o "MULTI-TAK", que talvêz seja a nossa versão do "BLU-TAC", e pode ser encontrada em lojas de material de desenho e pintura, custa um pouco mais, mas é muito melhor. Ainda não utilizei, mas será utilizado em meu novo projeto. Se isso ajuda, resolvi comentar isso antes de postar as fotos restantes, pois acho que é sempre bom conhecer os materiais antes de utilizá-los. 
Infelizmente, eu não possuo uma foto da etapa de pintura da camuflagem, sendo que a única disponível é do esquema já finalizado. Para a segunda cor da camuflagem eu utilizei uma mistura de Olive green, Khaki drab, e uma pequena porcentagem de mesma cor utilizada na base da camuflagem; Middle stone nº187 da Humbrol. O resultado foi uma cor de azeitona verde, exatamente para criar um efeito de tinta desbotada pelo tempo, já que essas aeronaves não possuiam hangares para abrigá-las, ficando expostas às diversas condições climáticas nas remotas regiôes da antiga União Soviética.


O esquema de camuflagem é bem simples, e para aqueles que pensam que existia uma padronização no esquema de pintura destas aeronaves, está enganado, existem diversas imagens onde estas aeronaves estão lado a lado umas com as outras onde é possível notar uma infinidade de esquemas e cores diferentes em um mesmo esquadrão. Acho que dependia da quantidade de Vodka.



Nesta imagem, apesar da qualidade não muito boa é possível notar a diferença entre os diversos esquemas. Nenhum é igual ao outro! 

Voltando ao modelo, após terminada a etapa e a tinta seca por pelo menos 24 horas, eu apliquei uma camada de Future, com a finalidade de proteger a pintura e promover uma superfície mais adequada para a aplicação dos decais. Normalmente o Future seca bem rápido, eu decidi por esperar o dia seguinte para começar o longo e exaustivo trabalho de aplicar os decais.

Note como o Future propicia um acabamento uniforme e brilhante.



No detalhe acima, repare no tamanho dos stencils, tudo em cirílico, na outra imagem  a quantidade massiva de stencils que foram aplicados somente em um lado.

Terminada esta etapa, chegou a hora que eu mais gosto, o envelhecimento. Acho que isso traz mais personalidade e vida ao modelo, e mais peso também, não ficando com aquele jeito de "acabou de sair da fábrica". Apesar do envelhecimento, não gosto muito de exagerar nos efeitos.
Usei tinta óleo "Raw amber" diluída em um pouco de águarraz e aplicado com um pincel bem fino em cada linha dos painéis, rebites etc., depois, com um cotonete umidecido com águarraz e praticamente seco, fui retirando os exessos. Depois, usei alumínio fosco para os arranhados de desgaste e um pouco de preto, branco, cinza com raw amber para simular vazamentos hidráulicos, oxidação e combustível.



Aqui o raw amber recém aplicado antes de ser limpo.


Nesta imagem o raw amber já limpo, os painéis realçados, e os efeitos de desgaste.

Agora, é tempo para a colocação das peças restantes, mísseis, canopy, os trens de pouso e pequenos detalhes como um capacete e um mapa dobrado. O capacete veio da minha caixa de sucatas, e era completo, com máscara de oxigênio e a viseira. Tive que fazer um furo no capacete para retirar o plástico e a máscara com muito cuidado, depois cinco pequenos furos foram adicionados na parte de cima do capacete, para que ele ficasse mais parecido com os capacetes russos, e por final uma camada de branco na parte externa e preto fosco por dentro.



O capacete é uma peça bastante pequena, na segunda imagem pode-se notar os pequenos furos na parte de cima do capacete.

Pequenos outros detalhes sempre aparecem de última hora, uma fita adesiva de 0,4mm foi aplicada em algumas partes do canopy e pintadas com uma caneta dourada para simular o metal de vedação da cabine.




Nas imagens acima, vemos o capacete por sobre o pára-brisas, a fita adesiva dourada e o pequeno mapa dobrabo.


No detalhe, o trem de pouso dianteiro e as linha hidráulicas, detalhes que dão ao modelo um aspecto bastante real.



Para simular o hud, um acetato pequeno foi cortado e aparado com lixa fina no tamanho da transparência provida no kit e colado sobre o refletor da mira.


FOTOS DO MODELO MONTADO
 























18 de janeiro de 2010

MiG 21 bis 1/48 Academy Parte 4


Continuando a montagem, o próximo passo é dar uma melhorada no canhão duplo GSh-23 de 23mm. A peça do canhão foi aberta nas duas extremidades, ficando assim mais parecido com o real. A abertura da frente foi feita para acomodar dois pequenos tubos de latão para simular os canos do canhão duplo, e a abertura de trás é uma espécie de ventilação. O resto foi substituir a peça do kit que seria o dissipador de chamas da boca do canhão por uma feita de lata de refrigerantes e dobrada nas devidas proporções, a cobertura dos dispersadores de cartuchos, e aproveitando o mesmo material, eu cobri as emendas da fuselagem que ficam muito aparentes na cavidade dos dois speed brakes dianteiros, caso estes forem colados na posição aberta. É necessário fezer um furo na exata localização dos atuadores dos speed brakes, para que se possa colar a peça posteriomente, facilitando o seu encaixe.




Acima a peça do corpo do canhão onde se notam as duas aberturas, uma delas com os canhões já instalados e o pequeno dissipador de chamas da boca do canhão.





Nestas duas imagens note as coberturas feitas de lata de refrigerante nas cavidades dos speed brakes, na outra imagem os dois dispersadores de cartuchos e o conjunto do canhão  instalado, onde é fácil observar a emenda da fuselagem na cavidade.

Vamos passar agora para os trens de pouso, a montagem segue seu ritmo normal, sendo que apenas cabos hidráulicos foram adicionados à cada peça, utilizando-se fios de cobre, solda fina e fita adesiva. Os pneus foram achatados em uma chapa quente para simular o peso da aeronave. O trem principal teve o seu encaixe arredondado, assim como o porão dianteiro, para que se possa colar o trem em um pequeno ângulo de exterssão.
  




Nas fotos acima vemos todas as linhas hidráulicas dos trens de pouso.

Terminados os trens de pouso, vamos escolher o armamento. Apesar de bom, o kit deixa um pouco a desejar, pois ainda acho que a Academy poderia explorar um pouco mais a variedade de armamentos utilizados por essa aeronave. Optei pela configuração padrão de interceptação à curtas distâncias, que pode ser constituida de um tanque ventral e mísseis ar-ar. Neste caso vale resalvar que peguei dois pares de mísseis R-60 "Aphid" guiados por infra-vermelho supridos em um outro kit, o Sukhoi Su-27, que possui uma variedade maior de armamentos. Utilizei também um par de mísseis R-3R "Atoll C" guiados por radar supridos no prórprio ki.




Acima a configuração escolhida, e na outra imagem os mísseis R-60 "Aphid" .

Um problema encontrado aqui foi a falta dos lançadores de R-60 "Aphid", já que estes são diferentes dos supridos no kit, além do mais, nesta configuração a aeronave pode levar até seis mísseis, dois guiados por radar e quatro guiados por infra-vermeho em lançadores duplos. Resumindo, o jeito foi fabricar estes lançadores. Procurei fotografias onde pudesse ver com detalhes como são estes lançadores. Achadas as fotos, o jeito foi estudar qual seria a melhor maneira e o melhor material para a fabricação, fazer o primeiro, e se desse certo repetir um segundo.
Penso que o melhor material à se utilizar é aquele que está à mão, neste caso o plasticard. Fiz alguns desenhos, medi tudo certinho e mãos à obra. Um belo sanduiche de plasticard me deu a espessura desejada, o resto foi na lixa. 





 


Aqui toda a sequüência da etapa de fabricação dos lançadores, e um layout de como fica esta configuração.
 
Muito importante é a forma de como estas peças serão fixadas aos hard points das asas, neste caso eu utilizei um sistema de pivot feito de fio de cobre fino para unir os lançadores aos hard points.



A imagem acima mostra claramente a exata posição dos lançadores nos hardpoints.